Livros

História do lance!

Projeto e prática de jornalismo esportivo

A história do jornal Lance!, o momento da sua criação e a sua forma de cativar o público é o foco deste livro. Lançado no dia 25 de outubro de 1997, o diário esportivo Lance! é uma experiência jornalística e empresarial peculiar no universo da imprensa brasileira. Ao colocar uma lupa sobre a gênese do jornal, Mauricio Stycer traz à tona a substância ideológica, as lutas e os interesses que mobilizam os diferentes agentes dentro do campo esportivo. Antes de chegar ao epicentro do trabalho, o diário Lance!, o autor traça um panorama histórico da mídia esportiva, revelando os modelos empresariais de gestão e de sucessão de algumas das empresas que vêem no esporte algo a ser explorado do ponto de vista comercial e instrumental. O livro passa também em revista as biografias de jornalistas destacados compromissados com os projetos de jornalismo esportivo levados a cabo em alguns dos principais centros de irradiação do futebol no país. Unindo material empírico com a própria experiência empreendida pelo autor, uma vez que fez parte da equipe inicial do jornal, Stycer produz uma narrativa sobre os significados político-editoriais que viabilizaram Lance! no mercado jornalístico. ‘História do Lance!’ passa em revista o processo de modernização do futebol brasileiro do ponto de vista pretensamente descentrado da mídia, revelando também suas contradições inerentes ao trato da paixão futebolística.

Reencontro saboroso
Por Ugo Giorgetti

Quando o jornal esportivo Lance! foi lançado, em 1997, o segundo posto na hierarquia do jornal em São Paulo foi ocupado por alguém que não vinha da crônica esportiva, mas por um jornalista que tinha se dedicado até aquela data ao jornalismo cultural e de costumes. Durante os sete primeiros meses de vida do novo jornal, Mauricio Stycer viveu intensamente sua nova experiência profissional. A aventura do lançamento de um jornal diário, dedicado inteiramente a esportes, lhe pareceu tão fascinante que começou a guardar memorandos, cartas, bilhetes, relatórios de reuniões, enfim, toda sorte de materiais que pudessem contar um pouco do que acontecia no dia a dia das batalhas travadas para a implantação e consolidação do jornal. Era como um diário de guerra, errático, talvez desconexo, muitas vezes feito no calor do tiroteio.

Mauricio Stycer, ao deixar o jornal, levou consigo todo esse material. Desde o início tinha um propósito, evidentemente. Só não sei se, à época, esse propósito já se delineava claramente em todas as suas dimensões, pois o que eram só lembretes e notas que poderiam ser apenas o curioso relato das primeiras vicissitudes de uma publicação, foi lentamente mudando de forma no correr dos anos para se transformar num belíssimo livro, não mais unicamente sobre as origens do Lance!, mas sobre toda a imprensa esportiva do Brasil.

O Lance! está lá, é claro. Mas, para chegar até ele, Stycer sentiu que era necessário estudar e examinar tudo que o precedeu, porque nenhuma publicação surge solitária, desligada do mundo anterior, ao contrário, ela é sempre fruto e consequência. Para falar do Lance! é preciso falar da Gazeta Esportiva e do Jornal dos Sports. Para falar dessas duas publicações esportivas é preciso falar da imprensa em geral, e, para falar da imprensa, é preciso falar do Brasil. É isso que foi feito em “História do Lance – projeto e prática do jornalismo esportivo”, que acaba de ser lançado. Quem ler esse livro vai inevitavelmente se encontrar com o país, pois o que acontece no futebol acontece na sociedade e a maneira como, no decorrer do tempo, a imprensa interpreta o fenômeno do futebol é reveladora de como ela se coloca diante do resto da realidade brasileira.

Uma das constatações mais importantes do livro é a de que, embora mude, a sociedade muda pouco. Por trás das aparências ainda há muitas semelhanças de procedimento entre o Lance de 1997 e o Jornal dos Sports de 1931.

É muito difícil e arriscado resumir um livro e espero não ter cometido nenhuma injustiça contra esse brilhante trabalho de Mauricio Stycer. O melhor seria me limitar a constatar obviedades como, por exemplo, a qualidade literária. Porque um livro tem que ser lido antes de tudo por prazer, e foi com essa sensação que atravessei as páginas de “História do Lance – projeto e prática do jornalismo esportivo”. Cheio de rápidos e bem relatados perfis o livro é um desfile de personalidades da imprensa brasileira e não só da esportiva. Para mim foi particularmente saboroso reencontrar Tomáz Mazzoni, o Olimpicus, da Gazeta Esportiva. Eu o lia nos anos 1960 um pouco distraidamente. E, confesso, me parecia mais folclórico do que importante. Estava redondamente enganado. Restaurar a antiga importância e o lugar no mundo de alguns soterrados e esquecidos personagens é apenas um dos méritos desse belo livro.

* Publicado originalmente em O Estado de S.Paulo, 10 de maio de 2009


Livro conta história do “Lance!” e analisa a imprensa esportiva
Por José Geraldo Couto

Em 1997, um jovem empresário, um grupo de investidores e uma equipe de jornalistas -que mesclava um punhado de veteranos e uma legião de novatos- criaram um jornal diário de esportes, algo que não ocorria no Brasil desde os anos 30. Surgia assim o “Lance!”.
Testemunha e partícipe da experiência, o jornalista Mauricio Stycer, 47, primeiro editor-executivo do jornal, percebeu logo que ela lançava luz, simultaneamente, sobre a história da imprensa e sobre a história do esporte no país.

Ele fez do estudo do “Lance!” a sua dissertação de mestrado em ciências sociais na USP. O trabalho é lançado agora como livro, “História do “Lance!” -0Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo”.

A inserção da pesquisa na área de sociologia não é casual. “A prática do esporte no Brasil realça problemas fundamentais, ligados à histórica desigualdade social, à má formação educacional, ao patrimonialismo arraigado, ao mau hábito de transformar a coisa pública em bem privado etc.”, diz Stycer.

O livro procura mostrar, em sua primeira parte, como a imprensa brasileira, em particular a esportiva, refletiu e refratou historicamente essas questões.

Ao historiar os dois principais jornais esportivos do país -a “Gazeta Esportiva”, de São Paulo, e o “Jornal dos Sports”, do Rio-, Stycer destaca ainda o papel dos grandes jornalistas que os idealizaram e comandaram, respectivamente Thomaz Mazzoni e Mario Filho.

Em meados dos anos 90, esses dois jornais agonizavam, e as perspectivas de modernização do esporte brasileiro -especialmente do futebol, com o fim da “lei do passe” e a promessa de transformação dos clubes em empresas- suscitaram no empresário carioca Walter de Mattos, visto como um “outsider” no mundo da imprensa, o projeto de criar um novo diário esportivo.

A ideia era fazer um jornal moderno, leve e dinâmico que atingisse prioritariamente os jovens de classe média, para os quais se abria todo um novo mercado de consumo ligado ao esporte. Daí surge uma das marcas do jornal: a linguagem quase infantilizada, próxima das histórias em quadrinhos.

O núcleo do livro de Stycer descreve e discute os percalços da colocação desse projeto em prática. O balanço que ele faz da experiência é positivo, apesar dos erros e tropeços.

“O “Lance!” é um dos dez maiores jornais do país, e chegou a circular com 280 mil exemplares, no dia posterior à conquista da Copa do Mundo de 2002″, afirma o autor, que trabalhou na Folha, em “O Estado de S. Paulo” e nas revistas “Época” e “Carta Capital”, entre outras publicações, e hoje é repórter especial do portal iG. O problema central levantado pelo livro continua em aberto: “É possível fazer jornalismo esportivo crítico e independente no Brasil?” A partir de agora, quem quiser ajuda para responder a essa pergunta pode ler “A História do “Lance!'”.

* Publicado originalmente na Folha de S.Paulo, 27 de maio de 2009.


História do Lance! joga luz inteligente sobre a prática do jornalismo esportivo
Por Antero Greco

A imprensa esportiva leva bordoada a torto e a direito. Há ocasiões em que até faz por merecer, mas muitas vezes o olhar enviesado que recebe carrega preconceito e paixão clubística. O alvo preferido costuma ser a televisão, por sua influência, alcance e estilo. A mídia impressa fica em segundo plano, no que existe de bom e ruim nessa relação acalorada. Merece menos atenção, mesmo como objeto de estudos acadêmicos.

Maurício Stycer rompe esse círculo com História do Lance!, Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo (Editora Alameda, 2009, R$ 46,00). Ele se vale da prática profissional (participou do elenco fundador do diário na segunda metade dos anos 90) e do olhar do sociólogo para esmiuçar, entender e explicar o que representa a “crônica esportiva” no País. Consegue entender o papel de área considerada menos nobre no jornalismo, porém envolvente, nervosa, cativante.

A gestação do Lance!, o nascimento de edições “gêmeas” no Rio e em São Paulo, os primeiros passos do jornal que viria a desbancar A Gazeta Esportiva e o Jornal dos Sports são componentes importantes do livro. No entanto, funcionam como pano de fundo para um panorama amplo das transformações por que passaram esporte (entenda-se futebol) e imprensa no Brasil no fim do século 20.

Conhecer bastidores de uma publicação que se firmou, apesar de prognósticos céticos, é interessante – e não apenas para quem é do ramo. História do Lance! se mostra leitura agradável porque não enxerga o tabloide como reinventor da roda no esporte. Além disso, porque viaja pela história da imprensa nacional, resgata a memória de personagens fundamentais, como Cásper Líbero, Thomas Mazzoni, Mário Filho, e lança luz inteligente sobre a prática do jornalismo esportivo.

Publicado originalmente em O Estado de S.Paulo, 10 de junho de 2009.


Um jornal feito para o torcedor
Por Matias M. Molina

Numa visita em meados dos anos 90 à Recoletos de Madri, editora de “Marca”, um dos diários esportivos de maior circulação da Europa, ouvi de um de seus diretores: “Esteve aqui Walter de Mattos, do Brasil. Conhecia ‘Marca’ melhor do que nós”. O exagero era evidente, mas os conhecimentos mostrados eram um indício das pesquisas e do trabalho prévio feitos por Walter de Mattos Júnior antes de lançar no Brasil o diário esportivo “Lance!” Segundo escreve Maurício Stycer, em “História do Lance!”, a visita a “Marca” foi decisiva para convencer Mattos a publicar seu próprio jornal em 1997. A iniciativa era ousada, pois jornais esportivos no Brasil não se destacavam pelo êxito, apesar dos altos índices de leitura das páginas de esportes dos diários de informação geral.

O livro de Stycer é uma bem-recebida contribuição à bibliografia sobre a imprensa brasileira. Ao contrário da maioria das obras publicadas sobre a mídia, que abundam em generalidades e apresentam poucos fatos, “História do Lance!” é um das poucas que têm como objetivo contar a história de uma publicação e mostrar seu contexto. A linguagem, clara e fluente, certamente fruto de sua longa experiência como jornalista, evita o sociologuês indigesto que permeia uma boa parte dos livros sobre a imprensa.

O “Lance!”, escreve Stycer, foi o primeiro grande jornal diário lançado no Brasil em quase 20 anos, depois da tentativa mal-sucedida do “Jornal da República”, que durou cinco meses. (Poderia ser acrescentado que o Valor Econômico, uma iniciativa bem-sucedida, foi lançado no ano 2000).

O “Lance!” foi também o primeiro jornal financiado por investidores profissionais, o primeiro a ser lançado com duas sedes com impressão simultânea, o primeiro a receber capital estrangeiro, o primeiro a ser impresso totalmente em quatro cores.

O objetivo inicial, de fazer um jornal de formato tablóide e alcance nacional, com cinco edições regionais diferentes, só foi parcialmente cumprido. Começou com duas edições, Rio e São Paulo, à qual foi acrescentada outra em Minas Gerais.

A preocupação dos editores foi oferecer um “jornal do torcedor”, superficial, que provocasse emoções; sempre com informação positiva, dirigido a um público jovem; um “leitor que não estava nas bancas”. Temas polêmicos, como escândalos, a corrupção no esporte e as atividades da Confederação Brasileira de Futebol, foram cuidadosamente evitados. O “Lance!”, o principal diário esportivo do país, deixou de apoiar as reformas no futebol quando foram discutidas no Congresso, não porque se opusesse a elas, mas por achar que não se devia levar o debate às páginas do jornal.

O livro mostra as dificuldades iniciais que quase levaram ao fechamento do “Lance!” em 1998 e que provocaram a saída dos outros sócios, cuja parte foi comprada por Walter de Mattos. Mais detalhes sobre esses eventos e sobre a posterior consolidação empresarial do jornal teriam enriquecido o livro. Com uma média de 114 mil exemplares, foi o décimo jornal brasileiro em circulação no ano passado.

A obra foi preparada inicialmente como uma dissertação de mestrado. Em vez de concentrar-se apenas no “Lance!”, Stycer colocou o diário na devida perspectiva ao mostrar o lugar que ele ocupa na imprensa e na história do jornalismo esportivo. Conta as experiências do “Jornal dos Sports” do Rio e da “Gazeta Esportiva” de São Paulo, e a cobertura do futebol pelas revistas especializadas e pelos jornais de informação geral. Foi uma decisão que enriquece o livro, embora seja de lamentar a ausência de referências a jornais como “O Esporte”, um diário fundado nos anos 30 e que junto com “A Hora”, da mesma empresa, circulou em São Paulo até o início da década de 60.

Uma decisão mais surpreendente é a inclusão de Nelson Tanure e dos sócios da extinta editora Camelot para compará-los com Walter de Mattos Júnior como modernos investidores na mídia. De Tanure, afirma que foi tratado sem cerimônia e até desrespeito pela imprensa, não encontra nada de errado em seus procedimentos de negócios e transcreve, sem contestação, declarações do próprio empresário negando ter deixado de honrar o passivo trabalhista do “Jornal do Brasil”, uma afirmação que deve ter chocado os antigos empregados desse diário.

* Publicado originalmente no Valor Econômico, 22 de outubro de 2009


Saudação em dose tripla
Juca Kfouri

Um projeto corajoso, quase temerário e que, alvíssaras, deu certo, certíssimo.

O diário “Lance!” e todos os seus filhotes são hoje uma feliz realidade no mercado editorial brasileiro.

E não foram poucos, a começar pelo abaixo-assinado, os que tentaram demover o editor Walter de Mattos Junior da empreitada.
Pois eis que um projeto que virou sucesso tão rapidamente merece mesmo ser tratado como objeto de alentada pesquisa, virar tese.

Tese de mestrado de quem, com a agilidade e profundidade, não só sabe escrever com brilho como, ainda por cima, participou de tudo no papel de um dos fundadores do diário, caso de Maurício Stycer.

Que foi, diga-se, além do “Lance!”, ao traçar uma imperdível história da imprensa esportiva no país, dos veículos aos jornalistas, com seus erros, inúmeros, e acertos, também grandes.

Jeito, aliás, de contar a própria história do Brasil.

E ainda bem que, cada vez mais neste Brasil, existem editoras para trazer à luz um tipo de produção intelectual que antes ficava segregada às quatro paredes da Universidade.

Raras são, pois, as oportunidades para que se faça uma saudação em dose tripla: ao autor, à editora Alameda e, é claro, aos que puseram em pé aquele que é hoje o maior diário esportivo da América Latina.

Parabéns meus caros, é o que resta a dizer para quem jamais imaginou que seria também testemunha e pequeno personagem de um trabalho tão sério, de uma história tão rica.

Que surjam outros mestres para iluminar a trajetória dos diversos veículos da imprensa brasileira.

Texto da quarta capa da edição original

Prefácio à 2ª edição

Quando o Lance! chegou às bancas, no final de outubro de 1997, fazia 20 anos que não se lançava um jornal daquele porte, com tamanho investimento, no Brasil. Esse foi um dos fatos que me motivou, dez anos depois, a pesquisar e escrever sobre o assunto durante um mestrado em Sociologia na USP. O esforço resultou em uma dissertação de logo publicada em livro, em maio de 2009.

Cinco anos depois, ao lançar a segunda edição desta obra, agora em versão eletrônica, constato que, após o Lance!, poucos investimentos de porte semelhante ocorreram na mídia impressa brasileira. O Valor Econômico, criado em parceria pelos grupo Folha e Globo em 2000, talvez seja o último. O diário criado por Walter de Mattos Jr. permanece, assim, como uma das últimas grandes apostas realizadas em uma mídia – o jornal impresso – que já passava por avassaladora transformação e hoje enfrenta a maior crise de sua história.

Por este motivo, ao reler esta História do Lance!, constato que o trabalho segue atual, como um instantâneo de um momento histórico, capaz de ajudar a entender como a mídia impressa se preparou insuficientemente para o momento que viria logo a seguir.

Todo livro cumpre uma vida própria, independentemente das vontades do autor. Cinco anos depois da publicação da primeira edição, esgotada, falo com alegria sobre a trajetória percorrida pelo estudo. História do Lance! mereceu avaliações generosas da crítica, foi adotado por professores de cursos de graduação universitária e está citado em um bom número de estudos de pós-graduação.

Por outro lado, imaginava que o livro poderia suscitar algum diálogo, na universidade, com autores de obras mencionadas, que discutem assuntos correlatos. Isso não ocorreu. Não creio, porém, que seja um problema específico. Tenho observado que os estudos sobre futebol no âmbito acadêmico, apesar de prolíferos, geram menos discussão e debate do que os de outras áreas de pesquisa e investigação nas ciências sociais.

O livro mereceu dois pequenos reparos públicos, que considero uma boa oportunidade para comentar. Juca Kfouri, autor da quarta capa, criticou posteriormente, em sua coluna na Folha, uma menção que faço a Mattos, segundo o qual ele era visto no mercado de donos de jornais como um “outsider”. Segundo Juca, o dono do Lance! “de outsider da imprensa não tem nem teve nada”.

Mattos trabalhou por nove anos em “O Dia”, como braço direito do dono do jornal, Ary de Carvalho, seu sogro. Mostro como este período foi fundamental para que acumulasse capital simbólico suficiente para almejar se transformar num dono de jornal. Por outro lado, mostro que ele era visto, pelas famílias que dominavam o meio, inclusive pela Globo, de quem foi sócio, como “aventureiro” e “outsider”.

Matias M. Molina, no Valor, elogiou o meu esforço em colocar o Lance! em perspectiva e “mostrar o lugar que ele ocupa na imprensa e no jornalismo esportivo”. Fiquei feliz com o reconhecimento pois considero este, justamente, um dos aspectos mais importantes do trabalho. Ao mesmo tempo, porém, o crítico considera “surpreendente” a decisão de cotejar o esforço de Mattos com as iniciativas do empresário Nelson Tanure (Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil) e dos banqueiros Jair Ribeiro e Gianpaolo Baglioni (editora Camelot).

Como procurei mostrar, as três iniciativas têm pontos de contato, sem que com isso eu esteja querendo dizer que sejam equivalentes. O estudo tampouco julga, como positivas ou negativas, as experiências que ocorreram de forma quase concomitante à do Lance!, mas chama a atenção para as suas similaridades em contraste com os negócios estabelecidos no meio.

A nova edição reproduz todos os aparatos da edição original e acrescenta um apêndice, com a reprodução das principais resenhas publicadas sobre o livro. Aproveito também para corrigir um pequeno erro no subtítulo do trabalho. Procurei descrever um projeto e prática DE (e não DO) jornalismo esportivo. É esse esforço que volta a ficar à disposição dos leitores.

Mauricio Stycer
São Paulo, janeiro de 2015

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