
Sem Silvio Santos, SBT aposta em nostalgia; faltam ideias
Uma das perguntas que mais ouvi nos últimos anos, no ambiente da televisão, foi sobre como seria o SBT sem Silvio Santos. Um ano depois da morte do empresário, ainda não é fácil oferecer uma resposta cristalina. No momento em que a emissora completa 44 anos, a nova direção dá sinais de que entende a necessidade de mudanças, mas parece ainda não ter segurança sobre qual caminho seguir.
É preciso reconhecer que a tarefa não é nada fácil. Como substituir o empresário que fundou a emissora, foi sua principal cara na TV por décadas, sempre teve trânsito fácil em Brasília e era muito querido pelos funcionários? Não vale responder que Silvio é insubstituível.
A missão, até o momento, ainda é familiar. Das seis filhas do empresário, somente Cintia, a mais velha, não tem cargo ou função na emissora. Daniela Beyruti, a primeira filha do segundo casamento de Silvio, assumiu a presidência do SBT em novembro de 2024.
Nesse período, Daniela promoveu importantes alterações no comando da empresa. Vários diretores que estavam à frente de áreas estratégicas, do jornalismo ao comercial, da criação artística à programação, saíram ou foram afastados. Apresentadores e diretores de programas também foram mudados. São modificações que indicam o desejo de dar uma nova cara à emissora. Mas qual cara?
No campo da programação, que é o coração de um canal de TV aberta, o SBT tem emitido sinais muito negativos. Grande contratação da emissora, José Luiz Datena começou a apresentar um programa policial vespertino em dezembro de 2024 e deixou o canal em maio deste ano, menos de seis meses depois.
Leia mais (09/03/2025 – 17h44)